segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

No mundo, 300 milhões têm disfunção na tireoide e metade não sabe


Bem Estar desta 4ª (1º) explicou o que é essa glândula e suas alterações.
Endocrinologistas Alfredo Halpern e Cintia Cercato foram os convidados.

Do G1, em São Paulo
Quando a tireoide funciona mal, o corpo sofre os sinais, que na metade dos casos não são relacionados pelas pessoas como parte de uma doença. Ganho ou perda de peso, agitação ou sonolência, falta de crescimento ou tremores podem ser sintomas de hipo ou hipertireoidismo – baixo ou extremo funcionamento dessa glândula.
A tireoide tem forma de borboleta, fica localizada no pescoço e é responsável por funções como crescimento e regulação da temperatura corporal. No mundo todo, 300 milhões de pessoas têm algum tipo de problema nessa região.
Para aprofundar o que essa glândula controla e o que os distúrbios dela causam, o Bem Estar desta quarta-feira (1º) recebeu os endocrinologistas Alfredo Halpern e Cintia Cercato, do Hospital das Clínicas.
Tireoide (Foto: Arte/G1)
Exames de sangue disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) medem os hormônios da tireoide e podem indicar eventuais problemas. A partir dos 35 anos, deve-se fazer um teste a cada cinco anos. Além disso, apalpando a garganta, dá para saber se a glândula está aumentada (veja abaixo e também no vídeo acima como realizar o autoexame).
A principal causa do hipotireoidismo é uma doença autoimune chamada tireoidite de Hashimoto, em que o próprio organismo produz anticorpos que destroem a glândula, diminuindo todo o metabolismo do corpo. Nesse caso, o corpo tenta "parar o indivíduo", já que não há "combustível" para ser gasto.
Pode haver também aumento dos níveis de colesterol no sangue, depressão, rouquidão, infertilidade e aborto. Segundo a médica, com tratamento, a melhora é rápida e significativa.
Outro motivo que pode levar ao hipotireoidismo é a falta de iodo, mas no Brasil essa não é mais uma preocupação – e sim o excesso dele. Cintia destacou, ainda, que é mito a história de que o paciente nessa situação engorda muito: são no máximo 4 quilos. De 10% a 15% das mulheres têm o problema em algum momento da vida (às vezes temporariamente, como na gravidez) e ficam "marcha lenta", na definição do dr. Halpern.
Já o principal fator que desencadeia o hipertireoidismo é um transtorno autoimune chamado doença de Graves, em que o corpo fabrica anticorpos que estimulam excessivamente a tireoide, acelerando todo o metabolismo. O tabagismo também pode levar a esse quadro.
Autoexame 
1. Segure um espelho e procure no pescoço a região logo abaixo do "pomo de Adão" (gogó). Ali está a tireoide
2. Incline o pescoço para trás, para que o local fique mais exposto
3. Beba um pouco de água
4. O ato de engolir fará com que a tireoide suba e desça. Não confunda a tireoide com o pomo de Adão
5. Observe se existe algum caroço ou saliência. Se houver alteração, procure um endocrinologista, que é o profissional especializado no assunto
Pensando Leve
Pensar leve na terra do fast-food não é tarefa fácil. O advogado Alexandre Berthe, que passou recentemente por uma cirurgia de redução de estômago, disse que nos EUA as comidas são muito exageradas e que tudo parece saído de uma linha de produção.
Se Alexandre tivesse viajado para Las Vegas há cinco meses, teria chegado rapidamente aos 130 quilos, nas palavras dele. E o advogado ainda precisa se controlar: teve vontade de atacar uma mesa de camarão, mas priorizou a dieta alimentar e resistiu às tentações.



            Blog de Deusa / Bem estar


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