A escola tem um papel muito importante para o diagnóstico de crianças disléxicas. O professor precisa estar atento a pequenas situações como dificuldade em ler frases simples ou se atrapalhar com os significados de palavras. Se o estudante tem muita dificuldade no processo de aprendizagem de leitura e escrita ou está muito atrasado em relação aos colegas, ele pode ter dislexia.
O primeiro passo é entender que a dislexia não é uma doença. É na verdade um transtorno no cérebro que faz com que o processamento de letras e sons seja feito de forma diferente. Dai, vem a dificuldade para aprender com métodos tradicionais. Engana-se quem pensa que o distúrbio é raro. De acordo com a Associação Internacional de Dislexia, uma em cada dez pessoas apresenta sintomas de dislexia, ou seja, 10% da população mundial.
Como identificar os sinais?
Os primeiros sintomas do transtorno já podem ser percebidos no começo da vida escola. Os especialistas afirmam que quanto mais rápido a dislexia for descoberta, melhor é para a criança, minimizando muito os impactos na vida escolar. Vale lembrar que o diagnóstico precisa ser realizado por uma equipe formada por um psicopedagogo, um fonoaudiólogo e um neurologista.
Notas muito baixas, problemas com indisciplina e isolamento podem ser alguns sinais de problemas relacionados à dislexia. Muitos alunos com o transtorno podem ser taxadas como preguiçosos ou indisciplinado o que o desmotiva a se esforçar e o deixa dentro de um ciclo que envolve baixa autoestima e revolta.
Plataforma Formação de professores
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto ABCD lançaram a plataforma Dislexia Brasil especialmente para a formação gratuita de professores. O site oferece uma série de conteúdos sobre a dislexia, propõe técnicas para ensinar leitura, soletração e escrita para os alunos com o distúrbio, além de trazer exercícios de concentração, memória e organização.
O curso Aprendizagem Online, disponibilizado no portal, foi criado originalmente pela Dyslexia Internacional e autorizado pelo Ministério de Educação Superior, da Pesquisa Científica e das Relações Internacionais da comunidade francófona belga. Aqui no Brasil, a UFMG e o Instituto ABCD fizeram as adaptações necessárias para a língua portuguesa e lançaram a plataforma.
Os professores interessados devem realizar um cadastro no portal e acessar aos conteúdos disponíveis em PDFs e vídeos. O curso tem duração entre 20 e 25 horas e pode ser realizado de acordo com o cronograma do professor. Para receber o certificado, o docente deve responder a um questionário com perguntas sobre conteúdos do curso.
Os especialistas acreditam que o curso é importante para o professor aprender a observar os sintomas e alertar os pais a buscar ajuda médica. Estima-se que alunos com dislexia que recebem formação adequada desde a alfabetização conseguem render dois anos de atraso, em um prazo de seis a oito meses.
Blog de Deusa / Google
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