A esclerose múltipla (EM) é um transtorno
neurológico crônico muito debilitante que pode
provocar vários sintomas, entre os quais dormência
de braços e pernas e, nos estágios mais
avançados, paralisia e problemas de visão.
Cientistas acreditam que esse é um transtorno
auto-imune no qual o sistema imunológico do
corpo – que geralmente entra em ação após
a invasão do organismo por microrganismos
– ataca o tecido saudável. No caso da EM, o
sistema imunológico dos pacientes destrói as
bainhas de proteína que protegem as
células nervosas ─ os neurônios ─ interrompendo
os sinais entre o cérebro e o resto do corpo.
Richard Burt, pesquisador e chefe de
imunoterapia para transtornos auto-imunes
na Faculdade de Medicina Feinberg, da Northwestern
University, adverte que os resultados ainda
precisam ser confirmados por testes clínicos
aleatórios.
Usando um método conhecido como transplante
autólogo de células-tronco hematopoéticas não
mieloablativas, Burt e seus colaboradores
basicamente substituíram as células
“mal-comportadas” por células saudáveis
─ criadas a partir de células-tronco
─ em 21 pacientes (11 mulheres e dez homens)
com EM recorrente, uma forma comum da
doença em que os sintomas aparecem e
desaparecem.
neurológico crônico muito debilitante que pode
provocar vários sintomas, entre os quais dormência
de braços e pernas e, nos estágios mais
avançados, paralisia e problemas de visão.
Cientistas acreditam que esse é um transtorno
auto-imune no qual o sistema imunológico do
corpo – que geralmente entra em ação após
a invasão do organismo por microrganismos
– ataca o tecido saudável. No caso da EM, o
sistema imunológico dos pacientes destrói as
bainhas de proteína que protegem as
células nervosas ─ os neurônios ─ interrompendo
os sinais entre o cérebro e o resto do corpo.
Richard Burt, pesquisador e chefe de
imunoterapia para transtornos auto-imunes
na Faculdade de Medicina Feinberg, da Northwestern
University, adverte que os resultados ainda
precisam ser confirmados por testes clínicos
aleatórios.
Usando um método conhecido como transplante
autólogo de células-tronco hematopoéticas não
mieloablativas, Burt e seus colaboradores
basicamente substituíram as células
“mal-comportadas” por células saudáveis
─ criadas a partir de células-tronco
─ em 21 pacientes (11 mulheres e dez homens)
com EM recorrente, uma forma comum da
doença em que os sintomas aparecem e
desaparecem.
O método consiste nas seguintes etapas:
inicialmente os pesquisadores administraram
drogas que tornam as células da medula óssea
aptas a liberar células-tronco imunológicas
(com capacidade de se transformar em qualquer
tipo de células imunológicas) no sangue. Depois
essas células são extraídas do sangue do
pacientes. Em seguida os pacientes recebem
drogas que eliminam seu sistema imunológico
superativo. Os pesquisadores injetam então
as células-tronco previamente extraídas, que
se multiplicam rapidamente, dando origem a
células imunológicas normais.
A ideia é desenvolver um novo sistema
imunológico que reconhece o tecido saudável
e não destrói as bainhas de proteínas, avalia
Burt. Após um período médio de 37 meses,
17 pacientes (80 %) obtiveram melhores
resultados nos testes-padrão de avaliação
da visão, força muscular, coordenação motora
e outros aspectos das funções neurológicas,
que os obtidos antes do procedimento.
Outros quatro pacientes não melhoraram, mas
também não pioraram, avalia Burt.
O próximo estágio é descobrir como a terapia
com células-tronco complementa os tratamentos
existentes para a EM, com Tysabri e Novantrone.
Esses dois medicamentos retardam a doença
por bloqueio ou supressão do sistema imunológico
superativo, mas os sintomas não melhoram.
Burt informa que atualmente está conduzindo
outro teste clínico com 110 pacientes com em,
onde compara a segurança e a eficiência do
tratamento convencional com células-tronco.
Os resultados promissores desse pequeno
teste clínico foram publicados em janeiro,
no The Lancet Neurology.
inicialmente os pesquisadores administraram
drogas que tornam as células da medula óssea
aptas a liberar células-tronco imunológicas
(com capacidade de se transformar em qualquer
tipo de células imunológicas) no sangue. Depois
essas células são extraídas do sangue do
pacientes. Em seguida os pacientes recebem
drogas que eliminam seu sistema imunológico
superativo. Os pesquisadores injetam então
as células-tronco previamente extraídas, que
se multiplicam rapidamente, dando origem a
células imunológicas normais.
A ideia é desenvolver um novo sistema
imunológico que reconhece o tecido saudável
e não destrói as bainhas de proteínas, avalia
Burt. Após um período médio de 37 meses,
17 pacientes (80 %) obtiveram melhores
resultados nos testes-padrão de avaliação
da visão, força muscular, coordenação motora
e outros aspectos das funções neurológicas,
que os obtidos antes do procedimento.
Outros quatro pacientes não melhoraram, mas
também não pioraram, avalia Burt.
O próximo estágio é descobrir como a terapia
com células-tronco complementa os tratamentos
existentes para a EM, com Tysabri e Novantrone.
Esses dois medicamentos retardam a doença
por bloqueio ou supressão do sistema imunológico
superativo, mas os sintomas não melhoram.
Burt informa que atualmente está conduzindo
outro teste clínico com 110 pacientes com em,
onde compara a segurança e a eficiência do
tratamento convencional com células-tronco.
Os resultados promissores desse pequeno
teste clínico foram publicados em janeiro,
no The Lancet Neurology.
Blog de Deusa / SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL
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