Doença pode ser contornada sem o uso de medicamentos, apenas com malhação
Uma mulher com ovários policísticos pode encontrar dificuldades na hora de engravidar, ter problemas com o ciclo menstrual, desenvolver diabetes, resistência à insulina e obesidade. O problema atinge de 7% a 10% da população feminina. Além disso, elas têm 1,5 mais chance de ter um infarto .
A doença também está ligada ao futuro aparecimento do diabetes. “Se a pessoa não tratar, daqui 20, 30 anos ela terá síndrome metabólica, que aumenta o risco de doenças cardiovascular e derrame cerebral”, afirma o ginecologista Sérgio dos Passos Ramos. Segundo o médico, mantendo o peso e exercitando o corpo é possível controlar a doença sem medicamento. “A doença estaciona”, diz ele.
A doença é caracterizada pela falta de ovulação, menstruação irregular, aparecimento de acne, obesidade e excesso de pelos no rosto, nos glúteos, nas costas e na barriga. O problema aparece quando há uma produção irregular de testosterona que, em excesso, incentiva a formação de folículos que se prendem ao ovário.
A menstruação irregular pode ser o primeiro sinal a levar a mulher ao médico. No entanto, o diagnóstico só pode ser dado depois da realização de exames clínicos, laboratoriais - para constatar suas taxas de hormônio - e um ultrasom do ovário.
Engana-se quem acha que o tratamento é basicamente medicamentoso. Em vez de remédios, ginecologistas “prescrevem” exercícios. “Ginástica é tratamento de primeira linha para a maioria dos casos”, afirma a ginecologista Eliana Zucchi.
E não é necessário ser um atleta para alcançar os benefícios do exercício físico. Basta apenas espantar o sedentarismo e apostar em algum tipo de atividade pelo menos três vezes por semana. Porém, mulheres obesas devem ficar mais atentas. “Se ela tiver programa de exercício, vai viver melhor, reduzir o peso e voltar a ter ciclos normais menstruais”, relata Ramos.
Medicação
Em casos específicos, os médicos podem receitar remédios para complementar o tratamento. Depois de uma análise minuciosa, os especialistas podem recomendar a pílula anticoncepcional ou, em mulheres com resistência à insulina, remédios para o diabetes.
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