segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Como eliminar os cupins naturalmente

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Quem tem madeira em casa e do nada começa a perceber montinhos de “pó” nos rodapés, logo abaixo de algum móvel ou mesmo no piso, deve ficar alerta: isto pode ser sinal da presença do temido cupim!
Combater cupins pode ser mais trabalhoso do que você imagina, sendo às vezes inevitável recorrer a empresas especializadas em exterminar esse tipo de praga.
Mas antes de ligar para uma dessas empresas, tente uma receita caseira e natural. Veja aqui como eliminar os cupins naturalmente.

Os cupins podem trazer prejuízos imensos

Há casos de infestação de cupim que comprometem até a estrutura de uma edificação! Por isto o melhor é prevenir: na hora de escolher a madeira que será usada na sua casa, tanto na mobília, como no telhado, piso e forro, consulte profissionais especializados que possam indicar os tipos que não são “do interesse” desses bichinhos desagradáveis! Veja como combater os cupins naturalmente.

Como eliminar os cupins com borato de sódio

Quando os cupins ingerem o borato de sódio perdem a capacidade de digerir os alimentos e acabam morrendo. O borato de sódio pode ser comprado em farmácias em sachês com o produto em pó.

Como fazer

Em um recipiente com tampa, o qual você possa deixar bem fechado, coloque 4 litros de água e 450 g de borato de sódio. Borrife esta mistura na área afetada.
Tenha cuidado para que os animais de estimação não lambam o produto, portanto mantenha-os afastados durante o período de uso desta mistura! Deve ser conservado fora do alcance das crianças e animais de estimação!
Use luvas e óculos de proteção para manipular o produto.

Como eliminar os cupins com óleos essenciais

Os óleos essenciais de lavanda e vetiver podem ser usados para prevenir o surgimento dos cupins, basta misturar algumas gotinhas na água ou em um óleo vegetal como o de coco e aplicar na madeira. Caso seja o piso, coloque algumas gotas em um balde com água e passe um pano umedecido nesta mistura para finalizar a limpeza da casa, o perfume da lavanda ainda será um bônus!
Já o óleo essencial de cravo consegue ser eficaz para combater os casos iniciais de cupim. Basta borrifar este óleo misturado em uma base vegetal (óleo de coco, azeite de oliva, etc.) ou água na área afetada. Para cada 100 ml de água ou base vegetal, coloque 10 gotas de óleo essencial de cravo.


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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Escondidinho de carne seca


INGREDIENTES

  • 1 kg de mandioca cozida
  • 1 lata de creme de leite com o soro
  • 2 colheres de margarina
  • 1/2 kg de carne seca dessalgada e cozida
  • 1 cebola média picadinha
  • 4 dentes de alho esmagados
  • 2 tomates sem casca picados
  • Sal e pimenta a gosto


MODO DE PREPARO

  1. Esprema a mandioca ainda quente e leve em uma panela com a margarina e sal
  2. Depois que estiverem bem misturados, acrescente o creme de leite, reserve
  3. Refogue a cebola e o alho em um pouco de azeite, acrescente a carne seca desfiada e deixe fritar um pouco, acrescente os tomates só pra dar uma murchada
  4. Acerte o sal se achar necessário
  5. Em um refratário untado com azeite coloque uma camada do purê de mandioca, a carne seca e termine com o restante do purê
  6. Polvilhe com queijo parmesão ralado e leve ao forno pra gratinar

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Dicas de Deusa - Rocambole de carne moída maravilhoso




INGREDIENTES

  • 1/2 kg de carne moída
  • 1 pacote de sopa de cebola
  • presunto fatiado
  • queijo fatiado
  • tempero verde
  • sal a gosto


MODO DE PREPARO

  1. Tempere a carne moida com a sopa de cebola, os temperos verdes e o sal
  2. Coloque a carne temperada sobre uma folha de papel laminado ou papel manteiga e abra a massa com um rolo na espessura de 1 cm mais ou menos
  3. Forre a carne com o presunto e o queijo, pode-se colocar também milho verde, ervilha e requeijão
  4. Enrole a carne com a ajuda de folha de papel laminado ou manteiga, em forma de rocambole
  5. Leve ao forno em temperatura alta por mais ou menos meia hora, ou no microondas por 15 minutos
  6. Bom apetite

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Comida -Carne de panela de pressão


INGREDIENTES


  • 1kg de carne (acém patinho lombo de porco)
  • 8 cebolas grandes cortadas em rodelas
  • 3 ou 4 cubos de caldo de carne

MODO DE PREPARO

  1. Forrar o fundo da panela de pressão com metade das cebolas, desfazer um cubo de caldo de carne e colocar por cima das cebolas, adionar a carne, por cima desfazer outro cubo de caldo de carne, cobrir a carne com o restante das cebolas e desfazer o outro cubo por cimas das cebolas
  2. Fechar a panela de pressão, sem adicionar água, deixar mais ou menos uns 25 minutos, abrir a panela, verificar se a carne está mole, senão deixar mais uns 10 minutos
  3. Está pronta uma carne saborosa, prática e rápida de fazer
  4. Se quiser pode, depois da carne pronta adicionar umas batatas em rodelas e deixar mais uns 10 minutos no fogo
  5. Fica uma delícia

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Como fazer um brigadeiro Brigadeiro Diet?

Brigadeiro Diet


Ingredientes
  • 1 Xícara e 1/2 (Chá) - leite em pó (desnatado)
  • 1 Xícara (Chá) - água fervente
  • 1 Colher (Sopa) - margarina light
  • 2 Colheres (Sopa) - adoçante
  • 3 Colheres (Sopa) - achocolatado diet
  • 1/2 Xícara (Chá) - leite desnatado
  • 25 g - chocolate ao leite diet (pó/ralado)
  • 50 g - chocolate granulado diet

Modo de preparo
  1. Pegue um liquidificador e misture leite desnatado em pó, a água fervente, a margarina, o adoçante, o achocolatado e o leite desnatado.
  2. Despeje tudo em uma panela e mexa até começar a ferver.
  3. Acrescente o chocolate ralado e mexa até desprender do fundo da panela.
  4. Deixe esfriar, faça bolinhas com as mãos untadas e passe no chocolate granulado.


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Dicas de Deusa-15 dicas para emagrecer depois do Natal



Os excessos da época de Natal – festas atrás de festas, guloseimas atrás de guloseimas – deixam muitas pessoas a acabar o ano com alguns quilos a mais e uma grande vontade de voltar ao seu peso habitual. Agora que já desfrutou de tudo o que era bom e irresistível, está na hora de se dedicar à boa forma e começar o ano novo com um corpo novo.
  1. Um plano realista:
    é muito fácil desistir de uma dieta – quem nunca o fez que ponha o dedo no ar! – e isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque estabelecemos metas pouco realistas e, segundo, porque queremos ver resultados já. Quando esses não aparecem, a motivação desvanece e a dieta é abandonada. Por isso mesmo, e para contrariar essa tendência, tenha um plano realista: saiba, por exemplo, que é realista perder entre meio quilo e um quilo por semana e que ao concentrar-se em atingir primeiro 10% do peso que quer perder, terá mais probabilidades de ser bem-sucedido. Para além disso, os especialistas recomendam que depois de perder os primeiros 5 quilos, deve tentar manter esse peso durante 6 meses antes de tentar eliminar mais quilos.
  2. Livre-se da tentação:
    se o frigorífico e a despensa continuam cheios de doces tentações do Natal, congele, ofereça a amigos ou leve para o escritório tudo o que puder. Longe da vista, longe da barriga!
  3. Mais movimentos:
    para perder o peso que ganhou durante a época de Natal, vai precisar de intensificar as sessões de exercício físico, ou seja, se habitualmente faz jogging duas vezes por semana, passe a ir três vezes; se vai para o ginásio uma vez por semana, passe a ir duas. De certa forma, os excessos combatem-se com excessos!
  4. Dieta da água:
    não, não vai passar os dias exclusivamente a beber água mas, se quer emagrecer depois do Natal, é importante eliminar todas as bebidas calóricas da sua dieta – o álcool, refrigerantes, sumos artificiais, bebidas energéticas – e ingerir exclusivamente água e chá. As muitas calorias escondidas nessas bebidas só vão atrasar a chegada à meta…
  5. A regra dos 10 minutos:
    só porque a época de Natal já passou, isso não quer dizer que os desejos por algo doce ou salgado tenham ido atrás. Diz-se que o desejo de comer qualquer coisa normalmente passa 10 minutos depois, o que significa que apenas terá de se entreter durante esse tempo para conseguir resistir a essa tentação. Porque não riscar algo da sua lista de afazeres?
  6. Quando em dúvida, coma fruta:
    a fruta é um dos snacks mais saudáveis e saciantes que pode comer, para além de existir uma enorme variedade da mesma! A verdade é que a fruta também é uma boa forma de combater a tentação por doces, uma vez que possui açúcares que deliciem, sem engordarem.  
  7. Comer mais para perder mais:
    nunca é demais relembrar esta tática infalível! Uma das melhores formas de perder peso e manter o seu peso ideal, passa por aumentar o número de refeições diárias que faz, ou seja, em vez das 3 principais, opte por fazer 5 ou 6 refeições mais pequenas ao longo do dia. As vantagens deste truque? Apetite saciado, níveis de energia elevados, metabolismo acelerado… perda de peso garantido.
  8. Lembrete alimentar:
    uma boa forma de se manter fiel à dieta pós-Natal pode ser tão simples como colocar post-its no frigorífico ou na despensa com mensagens como “estas calorias valem as consequências?” ou “vai conseguir fechar o botão das calças depois de comer isso?” ou “e aquele vestido que queres voltar a usar?”. A auto motivação é fundamental para quem quer perder peso com sucesso!
  9. Pequeno-almoço potente:
    não é por acaso que se diz que o pequeno-almoço é a refeição mais importante do dia! Se pensa que saltar o pequeno-almoço vai ajudá-lo a perder peso, está enganado: a verdade é que começar o dia com um bom pequeno-almoço acelera o metabolismo e dá energia, o que não acontece se apenas almoçar. Ao fazer isso, e como o metabolismo está muito lento, o seu corpo demorará mais tempo a gastar as calorias ingeridas, acabando por transformá-las em gordura.
  10. Hidratos de carbono brancos, não!
    Para perder peso depois do Natal, limite a sua ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono brancos, nomeadamente pão, arroz, massa, batatas, cereais e todo o tipo de panados – especialmente ao jantar!
  11. Fibras e proteínas, sim!
    Para efetivamente emagrecer, é importante que a sua dieta seja rica em fibras (pão, arroz, massa e cereais integrais, fruta fresca e seca, legumes, feijão, lentilhas, sementes e nozes) porque são saudáveis e altamente saciantes; e em proteínas (carne e peixe branco, clara de ovo, laticínios magros e marisco) porque ajuda a desenvolver e manter a massa muscular e não deixa ninguém com a sensação de fome.
  12. Dieta com pausa:
    não é fácil manter uma dieta e a verdade é que se nos privarmos de tudo, o mais certo é desistirmos rapidamente do plano de emagrecimento. Por isso mesmo, siga esta regra – em cada 21 refeições, pode comer aquilo que quiser em 2 refeições. Esta pausa tem um duplo benefício: não vai afetar o objetivo em termos de perda de peso e não se sentirá privado daquilo que gosta e de que sente falta.
  13. Mais atenção aos legumes:
    quem quer perder peso necessita de começar a prestar mais atenção aos legumes, ou seja, ingerir mais legumes em detrimento de hidratos de carbono. A dieta pós-Natal é a melhor altura para começar a fazê-lo, por isso, substitua o arroz, as batatas ou ambas por legumes assados, grelhados, cozidos, salteados ou ao vapor.
  14. Dieta detox:
    uma boa dieta detox pós-Natal pode ser uma excelente aliada para quem quer eliminar calorias, recuperar a sua linha e num curto espaço de tempo, para que possa começar o ano novo em forma.
  15. Concentre-se naquilo que está a ganhar e não no que está a perder:
    pode parecer um contrassenso mas, se em vez de ficar obcecada com o número de calorias que está a queimar ou os quilos que já perdeu, focalizar-se no que está a ganhar – um estilo de vida mais saudável, mais energia, autoconfiança, um novo guarda-roupa, qualidade de vida – não estará só a auto motivar-se, como estará muito provavelmente a mudar os seus hábitos alimentares e de exercício físico para sempre.

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Dicas de Deusa-Exagerou na ceia de natal? Veja dicas de como recuperar a boa forma

Exagerou-na-ceia-de-natal-Veja-dicas-de-como-recuperar-a-boa-forma

O consumo excessivo dos alimentos natalinos pode ocasionar o ganho de peso.
O período das tradicionais festas de fim de ano tende a ser recheado de comidas e alimentos que muitas vezes não são saudáveis para a saúde. Para os que exageraram na ceia natalina separamos algumas dicas que vão ajudar você a obter novamente a boa forma.
Para minimizar os estragos causados ao organismo pelo excesso de comida é necessário que se adote medidas simples como consumir líquidos nos dias seguintes. Nesse caso, é indicado o consumo de água, água de coco e suco de frutas naturais. A medida serve para repor os líquidos perdidos e auxilia na desintoxicação do organismo.
Confira as dicas:
– Mantenha a disciplina alimentar
Em meio ao grande número de comemorações no período de natal e réveillon é necessário manter a disciplina para amenizar os problemas. Isso inclui o ganho de peso, o consumo excessivo de alimentos gordurosos e até mesmo prejuízos à saúde. É importante lembrar o planejamento alimentar deve ser adotado neste caso.
– Opte por pratos coloridos
Após o período festivo opte sempre por pratos coloridos com bastante verduras, frutas e legumes. Esses alimentos possuem grandes quantidades de sais minerais, vitaminas e fibras além de ajudar a recuperar o funcionamento saudável do organismo.
– Evite o consumo de industrializados
O consumo de alimentos embutidos e industrializados não faz bem a saúde em nenhuma época do ano, porém, é importante lembrar que para reduzir os impactos das comemorações de fim de ano o consumo desses alimentos deve ser evitado. Vale lembrar que os alimentos in natura ajudam a realizar uma boa digestão e não sobrecarregam os rins e fígado.
– Beba com moderação
Para os consumidores de bebidas alcoólicas durante este período é importante consumir com moderação. As bebidas como cerveja possuem alto valor calórico o que pode ocasionar o ganho de peso. A dica é intercalar a ingestão de bebida alcoólica com água e evitar os petiscos e frituras.
– Pratique atividades físicas
Não deixe de se exercitar durante os períodos de comemorações. Se possível, encontre um horário para realizar as atividades físicas como caminhar, correr e malhar para manter a boa forma do corpo. O hábito de manter o exercício em dia ajuda a diminuir o estresse diário e contribuir para a saúde.

Blog de Deusa / Redação Portal Linhares em dia

Dicas de Deusa para manter seus cabelos hidratados mesmo com a chapinha

Fazendo chapinha

Nos dias de hoje é quase que impossível viver sem a chapinha. Veja dicas de como manter o cabelo saudável mesmo usando chapinha.

O cabelo feminino sofre por variados motivos, a falta de dinheiro para frequentar salões de beleza, a falta de tempo para arrumá-los com paciência, a falta de criatividade para inovar nos penteados e é claro o padrão de beleza capilar existente nos dias de hoje. Sim um dos maiores responsáveis pela má aparência dos fios hoje é bendito padrão que “exige” que todos os cabelos têm de ser lisos e de preferência escorridos.
Mas a mulher brasileira por conta da miscigenação da cultura popular dificilmente tem cabelo liso natural, portanto é preciso recorrer a processos alternativos que gerem o mesmo resultado, ou seja, escovas progressivas, relaxamentos, química e mais química e nessa toda a renda vai embora, sem contar que depois de feito os processos, existe ainda o trabalho de mantê-los bonitos e lisos – claro – porém para manter os cabelos lisos ou como forma alternativa para aquelas que não usam química ou não possuem poder aquisitivo para tal feito existem a santa e milagrosa chapinha. Quem hoje em dia – que não tenha cabelo liso natural – já não fez uma chapinha na vida?
Sim aquela prancha de temperaturas variáveis que alisam os cabelos instantaneamente faz parte da vida da brasileira, mas o problema muitas vezes não é cuidar do cabelo fazendo chapinha e sim como cuidar dele depois da chapinha, sim porque devido às altas temperaturas com o tempo os fios que são sensíveis e frágeis acabam ficando fracos, quebradiços, com pontas duplas e ressecados, e nessas horas não existe nada melhor para recuperar um cabelo do que uma hidratação, mas entra em questão o assunto dinheiro de novo não é todo mundo que tem grana para ir ao salão toda semana cuidar das madeixas não é mesmo, por isso aqui vão algumas dicas – caseiras – para manter seus cabelos hidratados mesmo com o uso frequente da chapinha:
– A escolha da chapinha é primordial nessas horas, todas elas são prejudiciais aos fios, mas as de cerâmicas são mais amenas na hora de danificar seus cabelos, porque elas hidratam e os íons impedem o cabelo de absorver toda a temperatura.
– Protetor térmico sempre, após lavar o cabelo se for fazer escova antes da prancha ou deixar secar naturalmente passe o protetor térmico para proteger os fios dos graus °C da chapinha.
– Cremes anti desfrisantes hidratam, protegem e ajudam a chapinha na hora de alisar os fios e mantém o liso por muito mais tempo.
– Procure usar a chapinha uma ou duas vezes por semana no máximo, tente ficar com o cabelo ao natural por dois dias, porque o couro cabeludo fornece a oleosidade necessária para o cabelo ficar hidratado, mas com a chapinha essa ação do cabelo não acontece, então aposentar pelo menos uma vez por semana a chapinha ajuda bastante no processo de hidratação.
– Use Cremes de tratamento com toucas térmicas em casa mesmo para deixar as madeixas mais saudáveis.
– Óleos de hidratação também são bem vindos porque hidratam e equilibram a oleosidade do couro cabeludo.
– Pelo menos uma vez ir ao cabeleireiro para fazer uma hidratação intensa não pesa muito no orçamento, depois as outras dicas você pode aproveitar sozinha em casa mesmo.
– E para finalizar o reparador de pontas que impede o surgimento de pontas duplas, hidrata os fios ao longo da cabeça e não deixa um ar de ressecado.


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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Lúpus eritematoso crônico: uma abordagem clínica, epidemiológica, laboratorial e terapêutica

Resumo

O lúpus eritematoso cutâneo crônico, caracterizado, sobretudo, pelo lúpus discoide, é uma entidade clínica incomum, porém de elevada prevalência em mulheres em idade fértil. A sua etiologia é desconhecida, mas fatores genéticos, autoimunes, hormonais e ambientais compõem o processo fisiopatológico da doença. Os meios diagnósticos utilizados para que se possa iniciar o tratamento específico, composto de protetores solares, corticosteroides tópicos e, se preciso, medicações sistêmicas, principalmente os antimaláricos, são o exame clínico, a imunofluorescência direta e o estudo histopatológico. Este artigo descreve de maneira sucinta os principais aspectos epidemiológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos do lúpus eritematoso cutâneo crônico, conforme revisão de literatura.

Introdução

O lúpus eritematoso cutâneo crônico é uma das manifestações da pele específicas do lúpus eritematoso5,21. É caracterizado, sobretudo, pelo lúpus discoide, uma entidade clínica incomum, porém de elevada prevalência em mulheres na faixa etária de 20 a 50 anos, o que tem acumulado grande número de atendimentos ambulatoriais1,7,8,19. Apresenta fatores genéticos, autoimunes, hormonais e ambientais como substratos patogênicos, sendo que suas características clínicas e laboratoriais auxiliam o diagnóstico, que pode ser confirmado pelo estudo histopatológico5,19,32.
Conceito

O lúpus eritematoso (LE) é uma doença autoimune e multifatorial, caracterizada por um processo inflamatório crônico oriundo de alterações da regulação imunológica, devido à produção de autoanticorpos contra vários constituintes celulares1,19,21. Apesar de sua etiologia ainda não ser bem estabelecida, provavelmente resulta de um distúrbio da regulação que conduz à ativação policlonal de linfócitos B2-4. A pele é um dos órgãos-alvo afetados de forma mais variável pela doença24, sendo que fatores genéticos, hormonais e ambientais interagem e interferem no desenvolvimento da enfermidade cutânea2-4.

A expressão “lúpus eritematoso cutâneo” (LEC) é aplicada a pacientes com lesões cutâneas produzidas pelo LE, independentemente de o comprometimento ser exclusivamente cutâneo ou parte de uma doença sistêmica21. Essas manifestações podem ser divididas em específicas e inespecíficas, de acordo com suas características clínicas e histológicas, sendo que as específicas, se classificadas, podem ser encontradas na pele de três maneiras5,21:
· LEC crônico;
· LEC subagudo;
· LEC agudo.
O LEC crônico (LECC) abrange alguns subtipos, como o lúpus discoide localizado e generalizado, o lúpus hipertrófico, o lúpus pernio, o lúpus túmido e a paniculite lúpica9,14,15,19, sendo que a forma de LECC mais comum é o lúpus eritematoso discoide localizado (LEDL)6. Alguns casos diagnosticados inicialmente como LECC podem evoluir para LE sistêmico (LES), o que pode alterar o prognóstico e a abordagem terapêutica do paciente19.

Epidemiologia

O LECC apresenta ocorrência universal, embora seja mais prevalente em mulheres, entre a segunda e quarta décadas de vida1,7,19. É uma doença rara na infância (menos de 3% dos casos de LED iniciam-se antes dos dez anos de idade), bem como em indivíduos com mais de 70 anos de idade; contudo, quanto à ocorrência familiar, tem sido relatados casos de LE em familiares em 4,4% dos pacientes5,19.

A importância do LECC no Brasil está no fato de que, apesar de não ser doença comum (uma a cada 361 consultas novas), sua cronicidade leva ao acúmulo de casos nos ambulatórios clínicos8. Além disso, embora haja boa evolução na maioria dos casos, a demora no início do tratamento pode levar a cicatrizes desfigurantes8,19.

Etiopatogenia / fisiopatologia

Os achados do LECC, sobretudo os do subtipo mais comum, o discoide (LED), traduzem a existência de disfunção autoimune no processo fisiopatológico da doença, visto que tem sido identificados autoanticorpos no local da lesão, bem como alterações genéticas, correlacionadas à maior prevalência familiar da patologia9,19. O componente genético parece ser fator importante para a gênese dessa enfermidade, já que os haplótipos do complexo de histocompatibilidade (HLA) de classe I B8 e classe II DR3, DR2, DQw1 e DQw2, no braço curto do cromossomo 6, possuem grande relevância na imunopatogenia da afecção9,20. Deficiências das frações do Complemento C2 e C4 tem sido relacionadas com o HLA classe II DR3 e DR2, respectivamente, o que ratifica a influência genético-imunológica9.

A participação hormonal no surgimento do LED é justificada pela maior prevalência nas mulheres em idade fértil, principalmente entre 20 e 40 anos9,19- 21. O metabolismo anormal dos hormônios sexuais também é detectado, sendo comuns níveis séricos elevados de 16-alfa-hidroxiestrona e estradiol, diminuição de testosterona na população masculina e redução de desidroespiandosterona na população feminina9.

A irradiação solar tem tido grande valor para a patogênese do LED; os raios beta parecem ser capazes de induzir e exacerbar a doença9,19,20. Os vírus constituem outro fator importante, pois podem gerar superantígenos responsáveis por uma possível ativação linfocitária policlonal9.

Todos os eventos citados contribuem para a alteração da imunorregulação das células T, através da exacerbação da ação das células B e da inibição da resposta T supressora9. Há produção anormal de autoanticorpos, os quais ocasionam o LED por meio da formação de imunocomplexos, que, ao interagirem com o complemento, ocasionam intenso processo inflamatório9.

Disfunções na apoptose, no complemento e na fagocitose também podem levar à exposição aumentada a antígenos e à alteração da resposta imunológica9. No LED, há o acúmulo de células ao redor de folículos pilosos contendo o antígeno “fas” ligante, relativo à apoptose, além da redução da expressão do Bcl-2 em células basais, o que se associa à maior expressão dos antígenos descritos, bem como à extensão da apoptose na epiderme 11. O desenvolvimento cronológico das lesões também parece influenciar na intensidade da morte celular programada 11; acredita-se que o acúmulo desses queratócitos apoptóticos e de linfócitos no LEC seja responsável por um prognóstico pior18.

Anatomia patológica

A forma de LECC mais comum é o LEDL, cujas lesões discoides são histologicamente semelhantes
21. Dentre os achados principais estão o espessamento da membrana basal; melanófagos contendo melanina na derme superior; hiperqueratose; tampão folicular; adelgaçamento e achatamento do estrato malpighiano (21). Degeneração hidrópica das células basais, espessamento da membrana basal, infiltrado inflamatório mononuclear superficial e profundo (ao longo da junção dermo epidérmica, em torno dos folículos pilosos e ductos écrinos, em padrão intersticial) podem ser observados, bem como a atrofia pilossebácea, o edema, a vasodilatação e o extravasamento de hemácias na derme superior (21) (Figura 1).

Há também corpos coloides dérmicos e infiltrado perianexial espessante (21). Ocasionalmente, encontra-se uma placa sob a forma de “asa de borboleta”, simétrica, na região malar e no dorso nasal24.

Figura 1 - LED: pele fotodanificada com tampão córneo, atrofia epidérmica, degeneração vacuolar basal, ceratinócitos necróticos, espessamento de membrana basal e infiltrado linfocitário dérmico.

Figura 2 - lesões eritêmato-escamosas, com centro atrófico-cicatricial, localizadas difusamente em lateral do pescoço, retroauricular e zona mandibular.

A atrofia pilossebácea e o espessamento perianexial da membrana basal possuem alto valor preditivo para o diagnóstico de LECC, em relação ao lúpus eritematoso cutâneo subagudo (LESA); a hiperqueratose, o espessamento da membrana basal, o dano folicular extenso e o infiltrado linfocitário denso, com envolvimento da derme profunda, favorecem o diagnóstico de LED25. As alterações do LESA são quantitativamente diferentes; a atrofia epidérmica é uma característica relevante, bem como o tampão folicular, a hiperqueratose e a densidade e profundidade do infiltrado inflamatório, os quais são menos acentuados do que no LECC e mais reservados às regiões peria nexias e perivasculares (26). Na LESA há ainda intensa vacuolização da camada basal, grande número de corpos coloides epidérmicos e necrose epidérmica (27). 

Sobre as lesões discoides preexistentes em áreas expostas ao sol podem surgir as lesões papulonodulares verrucosas do lúpus hipertrófico, que coalescem em placas e possuem tampão queratósico central, o que dá à lesão a aparência de queratoacantoma (21). 
No lúpus túmido, um subtipo raro do LECC (28), encontra-se infiltrado linfo-histiocitário perivascular e perianexial na derme papilar e reticular, bem como depósito intersticial de mucina (21). Atrofia epidérmica e alterações na junção dermoepidérmica não estão presentes (21).

A paniculite lúpica apresenta atrofia focal da epiderme, dilatação do óstio folicular, hiperqueratose, degeneração vacuolar da junção dermoepidérmica, paniculite linfocítica trabecular e lobular, acompanhada de infiltrado inflamatório na derme profunda e no tecido celular subcutâneo (26,29).

Quadro clínico

As lesões cutâneas compõem três dos 11 critérios estabelecidos pela American College of Rheumatology (ACA) para o diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico: lesões discoides, erupção malar e fotossensibilidade (21). A pele é um dos órgãos-alvo afetados de forma mais variável pelo lúpus eritematoso, sendo que a expressão clínica benigna, estritamente cutânea e crônica, é o LECC21. 

O LED está inserido nas lesões cutâneas crônicas do LES, as quais abrangem, além do lúpus discoide localizado e generalizado, o lúpus hipertrófico, o lúpus pernio, o lúpus túmido e a paniculite lúpica (9,14,15,19), cujas apresentações clínicas são menos frequentes e de diagnóstico mais difícil (24). É valido salientar que as lesões cutâneas crônicas estão inseridas no grupo de lesões específicas de lúpus eritematoso (9,16,17, 21).

A lesão discoide clássica apresenta placa eritematosa bem definida, hiperpigmentada, com descamação lamelar aderente (9,19,21), que mostra em seu reverso espículas queratósicas correspondentes à hiperqueratose folicular, chamadas de tachas de tapeceiro (19); infiltradas e confluentes, elas se estendem para o interior do folículo piloso dilatado (21). A lesão evolui periférica e centrifugamente de forma lenta, deixando cicatriz central despigmentada e atrófica – no couro cabeludo, provoca alopecia cicatricial por comprometimento dos folículos pilosos, com perda de fâneros (9,19,21) (Figura 2). São únicas ou múltiplas e de tamanho variável, com maior incidência em face, tronco, couro cabeludo, pavilhão auricular, braços e colo9,21 (Figura 3); em frequências menores, são encontradas em região retroauricular, mãos, pescoço, membros inferiores, pés e regiões palmoplantares (19). Na região facial, sobrancelhas, pálpebras, nariz, mento e região malar estão frequentemente envolvidos (19,21). A distribuição topográfica das lesões é preferencialmente nas áreas expostas (19). 


Figura 3 - Lesões atrófico-cicatriciais, em parte revestidas por escamas, localizadas em toda extensão do pavilhão auricular.

Se o LED limita-se apenas à cabeça e ao pescoço, é dito localizado, condição esta frequentemente observada; caso contrário, é do tipo generalizado (9,19,21), com maior risco de sistematização a longo prazo (21).

Podem ser encontradas lesões em mucosas oral e anogenital, principalmente no palato e raramente na conjuntiva, situação esta causadora de ardor (9,13,19). As lesões de mucosa oral, caracterizadas por placas crônicas e assintomáticas, comumente passam despercebidas pela maioria dos pacientes, não guardam relação com a atividade da doença cutânea e persistem mesmo quando essa já regrediu (19). Por outro lado, lesões palpebrais mantêm relação com a atividade cutânea, são sintomáticas, e o paciente refere ardor (19). As lesões da columela nasal são placas eritematosas, crostosas, atróficas, e os pacientes também experimentam muitas vezes ardor local19.

É infrequente o achado de manifestações sistêmicas em pacientes com LED, porém alguns deles se queixam de artralgias ou apresentam fenômeno de Raynaud (19). Dos pacientes com lesões discoides, 5% a 10% evoluem para LES (9,10,12,21), principalmente se o quadro clínico for generalizado, acompanhado por leucopenia (9,12) e FAN elevado (9). Dos pacientes com LES, 20% a 25% apresentam lesões discoides clássicas (9,10,17,21).

Em geral, as lesões são assintomáticas, embora a exposição solar possa piorá-las ou gerar ardor (19). O lúpus discoide hipertrófico ou verrucoso é uma variante rara com intensa hiperceratose (tampão queratósico central) (9,19,21), coexistente com a lesão discoide (19,21) e mais prevalente no sexo masculino (19), originada pelo prurido oriundo da placa discoide, o qual leva ao ato de coçar e induz, assim, hiperceratose (19,21). Há queixas frequentes de prurido intenso nas lesões do couro cabeludo; o ato de coçar esse local retarda a resolução dessas lesões e pode provocar exulcerações e infecção secundária (19).

O lúpus túmido é um subtipo raro e muito fotossensível (19) do LECC; apresenta eritema, lesões urticariformes ou placas lisas, eritêmato-violáceas, brilhantes, localizadas na cabeça e no pescoço, muitas vezes com descamação fina discreta e prurido; ao involuírem, não deixam cicatrizes e, quando recorrem, o fazem nos locais originalmente afetados (29). 

A paniculite lúpica ou LE “profundo” apresenta nódulos firmes no tecido subcutâneo sobre os quais a pele se adere, gerando depressões profundas atróficas (9,21) principalmente em face, pescoço, ombros e braços (eventualmente quadris e regiões glúteas) (21). A pele suprajacente pode apresentar lesões típicas de LED ou mesmo ulcerações (21). 

Dentre variedades menos comuns relacionadas ao LECC, está o lúpus pernio, que é pouco frequente e surge após exposição ao frio ou à umidade (9). Além das placas discoides, o lúpus pernio pode apresentar, no inverno, lesões do tipo eritema pernio  nas mãos (19).

É muito importante priorizar a terapia precoce, pois a demora no início do tratamento pode levar a cicatrizes desfigurantes, afetando muito a integração social do paciente (19).

Diagnóstico

O diagnóstico do LE é realizado através da associação de dados clínicos e laboratoriais, sendo confirmado pela histopatologia, que é característica (5,19,32). O encontro frequente de imunoglobulinas na pele e, menos comumente, de alterações sorológicas, evidenciando auto anti corpos, sugere etiologia autoimune (19,32). 

Os achados histológicos, já citados, são basicamente compostos por graus variados de hiperqueratose, rolha cutânea folicular, atrofia da epiderme, vacuolização das células da camada basal da epiderme e infiltrado inflamatório de células mono nuclea das ao redor de vasos e anexos na derme (5).

A imunofluorescência direta (IFD) é de grande valia no diagnóstico das doenças do tecido conjuntivo, particularmente no LE, associada à histopatologia (30). A positividade à IFD nas lesões de LED tem sido superior à histopatologia, principalmente quando empregadas ambas as técnicas (IFD e histopatologia), o que tem elevado a sensibilidade diagnóstica (21,33). Se realizada em pele íntegra e totalmente protegida do sol, como regiões glúteas ou face interna da porção superior do braço, sua positividade com a presença de três ou mais classes de imunoglobulinas ou complemento representa alta especificidade para LES (21).

O padrão da IFD também pode ser útil na diferenciação do LECC de outras doenças clinicamente similares. Estudos de vários autores tem obtido predomínio de C1q, IgG , C3b, IgA e IgM em distribuição particulada na junção dermo epidérmica, de forma que a IgM surgiria em lesões com mais de um ano de duração (30,31,34). A especificidade de IgG ou complemento na junção dermo epidérmica (JDE) evidencia-se por sua negatividade nos casos de dermatite de contato, reação a drogas, erupção polimorfa à luz solar, psoríase, vitiligo, infiltração linfocitária de Jessner, sarcoidose, líquen plano, esclerodermia localizada, dermatite seborreica, artrite reumatoide, dermatomiosite e glomerulonefrite 35. As lesões do LE, inclusive, caracterizam-se por um maciço depósito de imunoglobulinas, de múltiplas classes concomitantemente, situadas na JDE, enquanto as outras doenças mostram uma única classe de imunoglobulina e fluorescência menos intensa36. 

Com relação aos autoanticorpos séricos, não existe um marcador específico para o diagnóstico de LECC (5). A pesquisa de autoanticorpos circulantes, que são tão valorizados no diagnóstico do LES, não é importante para o diagnóstico do LECC, só sendo utilizada para o diagnóstico diferencial com as formas sistêmicas e para detectar possíveis evoluções de LECC para LES (19). 

Atualmente a utilização de células de linhagem humana originárias de células tumorais provenientes do esôfago é o substrato mais empregado para a detecção dos anticorpos antinucleares (ANA), sendo que este é o teste mais sensível para o lúpus, embora pouco específico, já que esses anticorpos podem ser detectados em outras doenças autoimunes, infecciosas, ou mesmo em pessoas idosas (21).

A presença de fator antinuclear (FAN) ocorre entre 26% e 63% dos casos 5. Há evidências de positividade de outros auto-anticorpos: anti-DNA hélice simples em 22%, anti-ENA em 33% e anti-Ro em 20%34. Entretanto, vale ressaltar que, nesses pacientes, a presença do anticorpo anti-DNA de dupla hélice e, principalmente, o anti-Sm, sugere fortemente o diagnóstico de LES, cujo diagnóstico pode ser evolutivo, com o preenchimento de 4 dos 11 critérios de classificação diagnóstica do LES, estabelecido pelo American College of Rheumatology (5,21).

Tratamento

Na maioria dos casos, a proteção solar associada ao uso de corticoides tópicos e de antimaláricos, considerados terapias de primeira e segunda linhas, são medidas efetivas no tratamento da LECC; entretanto, nos casos nos quais as lesões cutâneas sejam mais graves ou de difícil controle, o uso de drogas de terceira e quarta linhas, como retinoides e imunossupressores, passa a ser necessário (37).

Medidas gerais
Alguns hábitos de vida podem precipitar ou agravar as lesões cutâneas do LECC, sendo que a exposição solar, indutora da apoptose de queratinócitos pelos raios UVB, é de grande relevância (38,39). Os pacientes devem ser orientados quanto à necessidade de roupas, bonés e, particularmente, protetor solar (37).

Os protetores solares são agentes químicos que absorvem a luz ultravioleta (UV), o que resulta no bloqueio das radiações UVA, UVB ou ambas (37). Eles estão disponíveis em diferentes veículos (creme, óleo, gel, álcool ou loção) (37). O fator de proteção varia de 2 a 50, embora a diferença entre o bloqueio solar do fator 15 (93% de proteção) e do fator 50 (98% de proteção) seja de apenas 5%40. A aplicação é recomendada todos os dias, logo pela manhã, sendo que a reaplicação deve ser feita a cada duas horas, após sudorese extensa e contato com água (5).

O fumo é outro hábito de vida a ser evitado, pois tem sido implicado na patogênese do LE sistêmico, na formação de auto anticorpos e em maior gravidade das lesões, além de reduzir a eficácia da cloroquina, importante medicamento no tratamento do LECC (41,42).

Corticosteroides tópicos (CE)
Os CE tópicos podem ser divididos em fluorados e não fluorados e podem ser de baixa, média e alta potências (37). A maioria dos não fluorados inclui a hidrocortisona; eles são mais baratos e menos potentes em relação aos fluorados (37). Estes, por sua vez, produzem mais efeitos colaterais, como atrofias, despigmentações, estrias, telangiectasias, acne, foliculites e superinfecção por Candida 43. 

Pomadas geralmente são mais eficazes, mas há, também, preparações na forma de patches que permitem melhor absorção dos CE de alta potência com menos irritação (37). Eles podem ser aplicados uma a duas vezes ao dia e, caso seja necessário utilizá-los por longo período de tempo, é preciso intercalar alguns dias de intervalo sem o medicamento para evitar seus efeitos adversos (5). Na face, são usados os CE de baixa e média potência; em tronco e membros, os de média potência estão indicados; CE de alta potência são reservados para as lesões palmoplantares ou hipertróficas (5).

O tratamento local é utilizado para lesões isoladas ou refratárias; contudo, lesões mais críticas respondem pobremente à terapia com CE tópico, sendo recomendada a utilização de medicação sistêmica nos casos de lesões persistentes, que requeiram altas doses de CE tópico, ou que recorram após a diminuição da dose (37). A Tabela 1 descreve os principais corticosteroides tópicos, bem como a potência e a formulação de cada um deles.



Corticosteroides sistêmicos

A prednisona oral ou a pulso terapia com metilprednisolona são utilizadas na vigência de doença sistêmica grave associada ao quadro cutâneo; caso contrário, devido os seus efeitos colaterais potenciais, dá-se preferência pelos antimaláricos, retinoides ou imunossupressores para o tratamento dos quadros de LECC persistentes, refratários ou recorrentes (37). Acredita-se que os corticosteroides sistêmicos em doses baixas são pouco efetivos para o LED, por mais que alguns autores os empreguem por curtos períodos juntamente com os antimaláricos, que tem início de ação demorado 53. 

Antimaláricos
Os antimaláricos são de suma importância na terapia do LECC, especialmente no que diz respeito ao lúpus discoide refratário ao CE tópico ou com múltiplas lesões 5,44. Nos pacientes resistentes à mono terapia, há relatos de boa resposta ao tratamento com a combinação de antimaláricos, como a hidroxicloroquina, a quinacrina e o difosfato de cloroquina (37).


A dose recomendada da hidroxicloroquina é de 6,5 mg/kg/dia, sendo que sua toxicidade retiniana traz consigo algumas precauções quanto ao seu uso, como, por exemplo, a realização de exames oftalmológicos a cada 3-6 meses (45). Deve-se lembrar, também, que a cloroquina tem sua eficácia reduzida em tabagistas (41,42), além de poder causar náuseas e vômito
sb 
(5).

Retinoides
Os retinoides sintéticos (isotretinoína e acitretina) são drogas de segunda linha para o tratamento sistêmico do lúpus eritematoso cutâneo (LEC), sendo utilizados quando há falha no uso dos antimaláricos (37). As doses para do tratamento da LECC variam de 0,5 a 1 mg/kg/dia, sendo bastante eficazes em casos de lúpus discoide, cuja melhora clínico-histológica tem sido acompanhada de boa tolerância por parte dos pacientes (37). 

O uso a longo prazo de retinoides pode trazer alguns efeitos colaterais potenciais, principalmente a acitretina, o que requer monitorização durante o tratamento 37. Hepatite medicamentosa, secura cutânea e de mucosas, alterações ósseas consistentes com hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH), hipertrigliceridemia e teratogenicidade são alguns dos efeitos adversos; além disso, os retinoides podem agravar a fotossensibilidade, sendo recomendada atenção redobrada à proteção solar (24,37).

Imunossupressores
Os imunossupressores são a terapia de terceira linha no tratamento do LEC, sendo indicadas para lesões graves e aparentemente irreversíveis (37). 

A azatioprina pode ser útil no LECC, por mais que cause intolerância gastrointestinal, toxicidade da medula óssea, maior suscetibilidade a infecções, pancreatite e hepatite aguda; o metotrexato, por sua vez, tem sido usado como alternativa aos antimaláricos e às baixas doses de corticoide (47.)BR>
A leflunomida é anti-inflamatória e apresenta extensiva recirculação entero-hepática, além de estar fortemente ligada a proteínas plasmáticas, o que requer monitorização frequente em razão de sua toxicidade hematológica, renal e hepática (37). Pacientes com lesões cutâneas refratárias à cloroquina parecem obter resposta favorável com o uso da dapsona, sobretudo no tratamento do lúpus profundo48,49. 

Embora seu uso tenha sido bastante limitado em virtude da teratogenicidade e da neuropatia sensorial, a talidomida na dose de 50 a 100 mg/dia24 parece ser efetiva no tratamento do LED refratário (50), assim como o micofenolato de mofetila, que também tem tido resposta clínica satisfatória, embora possa causar intolerância gastrointestinal, leucopenia e infecções (37). É necessário ajustar a dose em pacientes com insuficiência renal e, assim como a talidomida, não utilizá-lo como droga de escolha durante a gestação 51.

Terapia intralesional
A terapia intralesional é realizada caso o tratamento tópico habitual não tenha sido satisfatório (5,37). A triancinolona em suspensão (diacetato de triancinolona a 1,25% ou 2,25%) ou a triancinolona acetonida podem ser utilizadas 40.

Outras terapias intra lesionais experimentais são aplicação de sais de ouro, ácido cáustico, fluoracil tópico, nitrogênio mostarda, análogos da vitamina D e dióxido de carbono sólido, todas ainda em estudo 40.

Cirurgia
Tratamentos com finalidade estética não tem tido muito sucesso nas lesões com cicatrizes críticas, por causa do risco de exacerbação da doença pelo trauma cirúrgico 52. Contudo, a dermabrasão, o transplante capilar ou o transplante autólogo de gordura são procedimentos que tem se mostrado seguros se realizados em áreas não-inflamadas 37.

Conclusão

O LECC possui prevalência elevada em mulheres entre 20 e 50 anos. A sua etiologia permanece desconhecida, porém alguns achados explicam de certa forma essa patologia: irregularidades na modulação das células T; disfunções apoptóticas, auto anti corpos e imunocomplexos encontrados no local da lesão; alterações hormonais e genéticas com maior prevalência familiar; e influência da irradiação solar, que pode exacerbar a doença. 

A lesão clássica do LECC é a discoide, uma placa eritematosa bem definida, hiperpigmentada, com descamação lamelar aderente e hiperqueratose folicular pilosa, a qual evolui periférica e centrifugamente de forma lenta, deixando cicatriz central despigmentada e atrófica. A topografia das lesões é preferencialmente nas áreas expostas. 

Os achados histológicos confirmam hiperqueratose, rolha cutânea folicular, atrofia da epiderme, vacuolização das células da camada basal da epiderme e infiltrado inflamatório de células mono nucleadas ao redor de vasos e anexos na derme. A análise histopatológica apresenta elevada sensibilidade diagnóstica se associada à imunofluorescência direta, que define o LECC como um maciço depósito de imunoglobulinas (principalmente Ig G) e complemento na junção dermo epidérmica. 

Os auto anticorpos circulantes podem ser dosados na sorologia para o diagnóstico diferencial com as formas sistêmicas e para a detecção de possíveis evoluções de LECC para LES. 

O tratamento preconiza o uso de protetores solares, corticosteroides tópicos e, se preciso, medicações sistêmicas, principalmente os antimaláricos, sendo que retinoides e imunossupressores continuam sendo drogas de terceira e quarta linhas. A terapia intra lesional pode ser uma opção em casos de falha do corticosteroide tópico, porém alguns de seus tipos ainda estão em fase de experimentação.

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