terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A famosa dieta da proteína: eu fiz!

Num domingo pela manhã (semana retrasada) resolvi que ia parar com a comilança habitual e entrar numa dieta de proteína por 7 dias. Aproveitei que era Carnaval e ia passar vários dias em casa, sem fazer esforço. Primeiro dia foi super tranquilo. No segundo dia, no fim da tarde, me deu uma tremedeira estranha no corpo enquanto eu assistia à TV deitada – conversei com aLak Lobato, que é expert no assunto, e ela me explicou que esse primeiro ‘tremelico‘ era normal. Dez minutos depois, passou, e segui em frente. Essa dieta não dá fome. Minha alimentação era basicamente peito de frango, brie, peito de peru, requeijão, parmesão, ovo, salada verde e polenguinho. Como eu não cozinho nada, lá pelo quarto dia não me animava nem um pouco com os horários das refeições. Comecei num domingo e terminei num sábado: de 59,9kg baixei pra 57,9kg. Bati um papo com a minha nutricionista (primeiro, um xingão, depois, as explicações técnicas) e pedi para ela nos explicar como o babado funciona. Leiam!
“A famosa dieta da proteína promete perda de peso rápida e sem passar fome, promessa que sempre despertou o interesse das pessoas. A dieta tem como princípio a exclusão dos carboidratos do cardápio. Açúcar, pão, massa, grãos, frutas e legumes são proibidos, enquanto os alimentos protéicos como a carne, leite, ovos, tem sinal verde para o consumo. As gorduras também entram na lista dos liberados nessa dieta. Ou seja, uma dieta hiperproteíca e hiperlipídica(rica em proteína e gordura).
As principais características da dieta são:
- gordura como principal fonte de energia
- provoca cetose causando mau hálito
- pobre em fibras
- sacia pela grande oferta de proteína
- rica em colesterol
As condições da perda de peso é que se tornam questionáveis quando se fala na dieta da proteína. Dentre os principais riscos de seguir essa dieta, estão:
 -Alto consumo de gordura: o consumo de gordura está liberado, sobretudo a gordura saturada, o que pode aumentar o colesterol e desencadear outras doenças em quem realiza a dieta por muito tempo.
 – Cansaço e fraqueza: na ausência de carboidrato, principal fonte de energia para o cérebro, usa-se proteína e gordura como fonte de energia o que resulta em um processo mais lento, portanto o corpo quebra todo seu processo bioquímico, que é a degradação dos alimentos, provocando cansaço, fraqueza, tontura, etc.
 – Pobre em fibras: devido à suspensão de frutas, legumes e grãos, a dieta se torna pobre em fibras e não garante a ingestão recomendada de vitaminas e minerais.
 – Não favorece a perda de peso a longo prazo e favorece o efeito sanfona: embora a dieta promova perda de peso rápido nas pessoas que conseguem segui-la, ela não demonstra uma perda de peso satisfatória a longo prazo. E por proporcionar rápida perda de peso, nos deparamos com o efeito sanfona, pois o corpo tende a recuperar toda a gordura depois que acaba a dieta. O efeito sanfona é uma agressão ao organismo, é mais saudável manter-se no mesmo peso por um tempo maior, do que promover o ganho e perda de peso a todo o momento.
 – Perda de peso magro: com a retirada do carboidrato por um período maior a atividade do pâncreas fica reduzida, que é o órgão responsável por produzir a insulina, essencial para aproveitar a energia dos alimentos como os carboidratos. Quando a insulina fica muito tempo no sangue ele bloqueia a capacidade do corpo de queimar gordura. Com isso perde-se líquido e massa magra e não gordura. Na balança, é possível notar a perda de peso, mas assim que se retoma a alimentação normal, a probabilidade de voltar ao peso inicial é grande.
 A maioria das dietas da moda possui um valor calórico menor do que a necessidade da pessoa. Por serem tão restritivas e radicais é que se tornam difíceis de seguir por muito tempo, inviabilizam a manutenção do peso e não permitem que após o processo de emagrecimento ocorram mudanças nos hábitos alimentares.
Por isso, mais uma vez, eu termino um post falando da importância da reeducação alimentar. A perda de peso segura e duradoura só ocorre quando há correção dos hábitos errados. Aliada à reeducação, a atividade física é necessária para perder gordura e não recuperá-la posteriormente. Dietas restritivas, como a da proteína, não são indicadas por ocasionarem o aumento demasiado ou diminuição de nutrientes, causando distúrbios, carências ou toxicidade.
 Para finalizar evidencio que os carboidratos são de extrema importância para a saúde, bem estar e manutenção muscular. E obviamente, como todos os excessos, se consumido além do necessário pode impedir de chegar ao objetivo da perda de peso.”
Maria Eduarda M. Waihrich
Nutricionista Clínica e Estética CRN 9523
NOVO ENDEREÇO
Policlínica Provedor Wilson Aita
Av. Presidente Vargas 2355,sala 1401 (anexo ao Hospital de Caridade)
(55) 3026.6678
mariaeduardamw@gmail.com
Por último, mais de dez dias depois de ter parado a minha ‘dieta de 7 dias’, meu peso estacionou em 58,5kg, ou seja, a perda verdadeira de peso foi de 1,4kg, o resto era de líquido. Durante 1 semana, dá pra fazer um esforço, mas a gente perde o amor pela hora das refeições. Às 20:30 eu já tinha jantado e só de pensar que na manhã seguinte meu café seria um polenguinho ou um enroladinho de queijo e presunto me dava um desânimo!! Acho que ela é válida para quem ama carne acima de todas as coisas (e sabe/gosta/tem tempo de cozinhar!!) e como pontapé inicial para dar um gás no projeto de perder peso e manter a perda para sempre. Aliás, o segredo da beleza das mulheres que nós invejamos é simples: dieta equilibrada e...isso!:)


    Blog de Deusa / sweetest person



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