Quantas vezes você não deve ter ouvido falar: Ah…está com ciúme, então é porque gosta! Pois é, mas não é bem assim. Muitos relacionamentos chegam ao fim, justamente, por esse – muitas vezes dito – “tempero do amor”, infelizmente, em muitos casos, até acompanhado de tragédias. Mas como reconhecer no ciúme, que em pequeno grau é até saudável em uma relação, um comportamento patológico?
Primeiramente, é bom que se diga que é normal casais sentirem ciúme, mas desde que seja uma insegurança passageira, ou seja, desde que esse sentimento não traga com ele emoções como dor, humilhação, raiva, tristeza, inveja, medo e pensamentos de culpa, comparação com o rival, autocomiseração.
Embora seja visto até com um certo orgulho por alguns parceiros, o ciúme patológico não tem nada de romântico, não significa, de forma nenhuma um sinal de amor e muito menos serve de tempero para relação alguma, pois ele é doentio, destrutivo, e aparecerá independente do parceiro, ele é tão sério que é um distúrbio registrado no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM).
É importante salientar que o ciúme patológico é ruim não só para quem é o alvo desse sentimento, que pode vir futuramente a sofrer suas consequências, mas, principalmente para quem sofre deste problema, que acaba se vendo imerso em emoções como dor, humilhação, raiva, tristeza, inveja, medo, enfim, incapaz de ter uma relação saudável, prazerosa e, portanto, duradoura, com seu parceiro.
Segundo os médicos, o ciúme patológico acaba gerando um complexo de pensamentos e emoções irracionais muitas vezes associado a comportamentos exagerados e violentos, derivados da exacerbada preocupação com a suposta infidelidade do parceiro baseada em provas inconsistentes e por vezes imaginárias.
Mas calma, nem todo ciúme é patológico, e você pode identificar se o de seu (sua) parceiro (a) é ou não, basta começar a analisar seu comportamento, por exemplo, se alguém deixa suas atividades habituais para controlar o outro, é um grande indício que o ciúme se torna um vício; preste atenção, principalmente, em suas atitudes, que começam a aparecer em pequenos gestos e só tendem a aumentar, tais como procurar de forma compulsiva indícios de traição, checando contas telefônicas, celular, cheirando roupas, telefonando inúmeras vezes ao dia para o parceiro, verificando bolso, ameaçando, geralmente a pessoa acaba se afastando do convívio social…
Enfim, esqueça a velha história de que muito ciúme é sinal de muito amor, pois a boa relação quando é saudável é calcada na confiança e companheirismo, afinal, se ele(a) está com você, é porque você é a melhor escolha do seu(sua) parceiro(a). Portanto, seu parceiro ou parceira apresenta esse tipo de comportamento, ou até mesmo se você conhece alguém que esteja passando por isso, saiba que essa patologia deve ser levada a sério, seu tratamento é muito importante, para poder descobrir suas causas, muitas vezes precisando até de remédios no processo terapêutico e nem sempre a própria pessoa reconhece ou assume que está doente.
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