quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Um alerta da medicina: beijar na boca também transmite doenças SAÚDE — Através de um simples beijo é possível contrair várias doenças, como cárie gengivite e herpes

                 
Na última terça-feira, 13, foi comemorado o “dia do beijo”. Mas a data esconde um alerta. Durante o contato com a saliva, a pessoa corre o risco de adquirir várias doenças, como gengivite, cárie e herpes. Higiene bucal e visitas regulares ao dentista são imprescindíveis para prevenir e combater estas doenças.
O dentista Paulo Sérgio de Almeida Fernandes explica que na língua existem 92 espécies de microorganismos, sendo alguns responsáveis pelo mau hálito. O ideal é que a pessoa conheça quem está beijando e, se possível, observe alguns sinais externos como odor e pequenas feridas. Ele ressalta que a nova onda bastante difundida entre os jovens, de beijar várias pessoas na mesma noite, não é nada saudável. Primeiro porque não é possível identificar estes sinais, além de haver muitos contatos na mesma noite. “Ficar não é saudável”, enfatiza. “É um momento em que não se percebem os problemas. Se a pessoa não conta, não dá para saber”, completa.
De acordo com Fernandes, quem beija corre o risco de adquirir, por exemplo, gengivite. Caracterizada por inflamação na gengiva, ela é causada pela má higiene bucal. “São de pessoas que não escovam os dentes e não visitam o dentista”, informa. A cura só é possível mediante tratamento odontológico, com anti-sépticos e soluções bactericidas.
Outro risco é contrair herpes. “Na fase inicial ela pode ser transmitida pelo beijo”, aponta. A cárie também é listada pelo dentista, transmitida pela bactéria Streptococcus Mutans, originária do açúcar. A prevenção está relacionada com a higiene de cada pessoa. “É preciso escovar corretamente os dentes e a língua, além de visitar o dentista de seis em seis meses para fazer um check up e limpeza para prevenir gengivite”, indica.
O dentista lembra que muitas pessoas têm vergonha de admitir os problemas bucais e acabam transmitindo-os para parceiros através do beijo. “Com a mesma facilidade que se contrai, pode-se transmiti-la”, ressalta. Além disso, tentar inibir o mau hálito com doces é um erro grave. “O ideal é procurar um dentista, pois chiclete e bala não resolvem. Tem que eliminar as colônias de bactérias”, enfatiza. A falta de tratamento pode acarretar, inclusive, a perda de dentes. “As pessoas podem perder os dentes se tiverem cárie e gengivite não tratadas”, lembra.
Nas relações estáveis, o cuidado também deve ser tomado. Assim como a transmissão é feita entre desconhecidos, casais podem transmitir doenças um para o outro. Para o dentista, ambos devem se cuidar.
Benefícios — Beijar também traz benefícios para a saúde. Fernandes salienta que não existem restrições em relação ao beijo entre duas pessoas que não possuem problemas bucais. “Em condições saudáveis, beijar é muito bom”, avalia. Durante o beijo, 29 músculos são estimulados, estando 17 deles na língua. Além disso, os batimentos cardíacos aceleram — variando entre 60 e 150 —, exercitando o coração. Para os preocupados com os quilinhos a mais, outra boa notícia: “Um beijo caprichado gasta, em média, doze calorias”, aponta. 


Doença do beijo ataca adultos,
jovens, adolescentes e crianças


Antes de beijar na boca é preciso prestar bastante atenção. É melhor se certificar sobre o estado de saúde e a higiene bucal do parceiro. Os riscos são muitos, mas existe um que é mais preocupante: o de contrair a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como doença do beijo.
De acordo com o Ministério da Saúde, estimativas de pesquisadores internacionais apontam que pelo menos 95% das pessoas adultas já contraíram a virose em alguma fase da vida.
A doença do beijo é transmitida pela saliva, através do vírus Epstein-Barr (que pertence à grande família do herpesvírus) e, mais raramente, por transfusão de sangue ou contato sexual. A incidência é maior em adultos jovens, adolescentes e crianças.
Dados do Ministério da Saúde apontam que cerca de 8% das pessoas que contraem a doença podem apresentar também o rash, espécie de irritação que deixa a pele com pontos vermelhos.
Muitas vezes a doença do beijo é confundida com um resfriado passageiro, já que os sintomas da virose são dor de garganta, febre, mal estar, fadiga, aumento dos gânglios — que ficam doloridos — do baço e do fígado. Em alguns casos, mesmo após a cura, a pessoa continua capaz de infectar outras por até um ano.
Como o vírus é transmitido pela saliva, a orientação é de que a higiene bucal seja feita corretamente. O dentista Paulo Sérgio de Almeida Fernandes explica que existem no mercado cremes e géis dentais capazes de cuidar corretamente da saúde bucal. Eles são testados em laboratório, frutos de pesquisas específicas. No entanto, o acompanhamento especializado é fundamental. “Os produtos não substituem a ação de um dentista. O próprio uso acaba acumulando sujeira, que tem que ser removida em visitas regulares”, indica.
De acordo com Fernandes, já existem estudos que visam permitir o uso de bactérias inofensivas geneticamente modificadas para competir e eliminar as patogênicas responsáveis pelas cáries e outras doenças da boca. 










         Blog de Deusa / D-mulher



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