sexta-feira, 7 de novembro de 2014

PÉ DIABÉTICO

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O QUE É PÉ DIABÉTICO?

É a infecção, ulceração e destruição dos tecidos profundos associada a anormalidades neurológicas e a vários graus de doenças  vasculares nos membros inferiores. O pé diabético é um problema que surge na perna e, principalmente, nos pés de pessoas que sofrem de diabetes. Esta condição é um desafio à profissão médica e à ciência, sendo que vem sendo continuamente estudada. As alterações provocadas pela diabetes são muitas e podem acometer o corpo como um todo de formas variáveis. Quando a moléstia já se encontra em fase avançada a área mais afetada é a de transição do tornozelo para o pé.
As lesões podem ser de difícil tratamento e de prognóstico um tanto quanto reservado. Geralmente o diabético só se dá conta da situação quando o pé diabético já está em péssimas condições. Nestes casos quase sempre há uma infecção secundária, o que torna ainda mais complicado o tratamento. Algumas medidas preventivas podem ser tomadas para evitar tal condição. O tratamento nem sempre é efetivo e os sintomas podem ser bastante incômodos e preocupantes.

Agente causador

Os problemas na circulação nos membros inferiores são as complicações mais comuns entre os diabéticos. Estima-se que mais da metade dos pacientes com diabetes e com idade acima de 60 anos possui pé diabético. As alterações acabam levando a neuropatias, isquemias, úlceras, infecções e tromboses.
A falta de sensibilidade nos pés é um dos principais fatores que leva ao surgimento das lesões. É preciso ficar atento aos sinais e sintomas, caso contrário a situação irá piorar e o paciente pode perceber tarde demais.

Como se descobre a doença (diagnóstico)

Para o correto diagnóstico do pé diabético é preciso entender as suas causas e também as suas consequências. Um exame clínico e físico adequado tende a dar resultados positivos. Para o exame clínico é necessário estudar os sintomas e os sinais. Dependendo do que o paciente está sentindo uma série de nervos diferentes pode ter sido afetado. Gangrena e ulceração são sintomas de uma grave insuficiência arterial.
Alguns exames em específico podem ser realizados com o intuito de ajudar a solucionar o caso. O teste com monofilamento, por exemplo, é importante para avaliar a incapacidade de sentir pressão. Já o teste com o martelo é utilizado para verificar a sensação profunda, assim como o teste com o diapasão para avaliar a sensação vibratória.
O teste com doppler, o teste com fotopletismógrafo, a medida da pressão transcutânea de oxigênio, o teste de cultura de amostras teciduais, a radiografia e a cintilografia  são outros procedimentos que podem ser usados para o diagnóstico do pé pé diabéticodiabético. Após a certeza da enfermidade deve-se dar início a um tratamento o quanto antes. Na maioria das vezes o pé diabético se encontra já em péssimo estado quando detectado, fato que aumenta ainda mais a preocupação com um tratamento adequado.

Sintomas

Os sintomas e os sinais do pé diabético dependem da gravidade e também da profundidade da situação. De forma geral, o que se observa é:
  • Dor mesmo em repouso;
  • Palidez;
  • Cianose;
  • Atrofia da pele;
  • Hipotermia;
  • Bolhas;
  • Gangrena seca;
  • Úlcera isquêmica;
  • Pele ressecada;
  • Alterações na sensibilidade;
  • Calosidades;
  • Deformidades ósteo-articulares como joanetes;
  • Edemas;
  • Necrose infectada;
  • Pus na ferida;
  • Diminuição na sensibilidade térmica;
  • Diminuição dos reflexos;
  • Dormência e fraqueza nas pernas.
Devido à falta de sensibilidade no local, muitos diabéticos acabam percebendo a seriedade do caso somente quando a ferida começa a exalar um mau cheiro. Algumas vezes a condição já pode estar bem complicada e o prognóstico não ser muito favorável. É importante ficar atento às medidas preventivas, de forma a evitar o surgimento destas lesões. Quanto antes elas forem diagnosticadas, mais eficaz será o tratamento.

Prevenção e cuidados

A prevenção do pé diabético é fundamental para indivíduos portadores de diabetes. É preciso fazer todos os dias um exame dos pés e manter os dedos e maléolos protegidos. As unhas devem ser cortadas periodicamente e de forma cuidadosa. Após o banho é importante secar bem os pés.
Evitar a proximidade com o fogo ou com água quente é indicado, já que previne a formação de bolhas. Os sapatos também precisam ser inspecionados, de forma a evitar corpos estranhos em seus interiores. As meias precisam ser sem costura e de preferência de algodão ou de lã. Tecidos sintéticos não são indicados. Mesmo na praia ou na piscina o ideal é que os pés permaneçam protegidos. Hoje em dia existe uma série de calçados específicos para estas situações.pes-diabeticos
Pacientes portadores de diabetes do tipo 1 e 2 precisam passar periodicamente por uma avaliação dos pés. Diante de qualquer incômodo um médico deve ser consultado, já que, quando não tratado o pé diabético pode levar à amputação. É importante manter a taxa glicêmica controlada e realizar exames periodicamente. Os sintomas são mais fortes após um dia de diabetes que foi mal controlado, portanto, nunca se deve descuidar de tal enfermidade. É indicado tomar banho com água morna, nunca muito quente. A toalha também precisa ser macia e não se deve esfregar a pele.

Tratamento

Para o tratamento do pé diabético é muito importante o controle da glicemia através de uma dieta equilibrada, assim como a limpeza das lesões. Pode-se fazer uso de antibióticos em alguns casos. Drenagem e debridamento também são indicados.
O cuidado com a ferida é fundamental. A limpeza deve ser diária com solução salina ou sabão isotônico. Caso seja necessário é indicado o uso de pomadas ou cremes tópicos. Apesar de haver formas de tratamento para pé diabético, em algumas situações como de gangrena ou de necroses importantes a única alternativa é uma cirurgia ablativa. A amputação é a última escolha, porém pode ser a única que garanta um bom prognóstico.
O pé diabético pode ser bem controlado quando se busca por ajuda logo no início. Portanto é preciso ficar atento aos sinais e sintomas para que se procure um médico diante de qualquer espécie de incômodo. Assim como com grande parte das enfermidades, quanto mais cedo for o diagnóstico melhor será o prognóstico.


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