sexta-feira, 6 de março de 2015

Detecção precoce da Osteoporose evita fraturas

                      
A maioria dos pacientes é diagnosticado com a doença apenas após a primeira fratura
Dados divulgados em 2012 pela Fundação Internacional de Osteoporose revelam que os casos de fratura de quadril, um dos mais graves, devem crescer 15% no Brasil de 2012 a 2020, chegando a 140 mil daqui cinco anos. Os números também indicam que um diagnóstico precoce da osteoporose - doença que fragiliza os ossos e um dos maiores fatores para este tipo de fratura - não é realizado. Isso porque 75% dos diagnósticos são feitos somente após o primeiro osso quebrado e o risco de novas fraturas vertebrais em mulheres que já apresentam fraturas prévias é de 27% em cada ano após a primeira fratura.

 De acordo com o Dr. Gleidson Viana, radiologista médico do laboratório Exame, a Osteoporose é a diminuição da massa óssea e alteração da própria arquitetura do osso. “Os pacientes com osteoporose têm os ossos mais frágeis e os quebra com mais facilidade. Esta doença é mais comum em mulheres acima dos 50 anos, uma média de 33% das mulheres maiores de 55 anos apresenta a osteopenia, situação de perda de massa óssea prévia à osteoporose, por exemplo. Mas os homens também devem procurar serem diagnosticados a partir dos 50 anos, caso tenham fatores de risco”, explica.

 De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) um a cada cinco homens tem osteoporose no decorrer da vida. No caso dos homens com osteoporose, a mortalidade após fraturas é maior do que nas mulheres, por isso a importância do diagnóstico em ambos os casos. “A indicação é de que mulheres que estão na peri e pós menopausa, por volta dos 50 anos, realizem o exame de densitometria óssea como parte do check-up anual para detectar possíveis fraquezas nos ossos. Os médicos também podem começar a exigir este exame para o homem a partir dos 70 anos”, reforça o médico.

 Densitometria Óssea

 O especialista indica que existem alguns pacientes que devem verificar a necessidade de realizar o exame de imagem antes dos 50 anos. É o caso de pessoas com desnutrição, baixo ingestão de cálcio, doenças que podem interferir no metabolismo ósseo ou menopausa precoce nas mulheres. “Com a Densitometria Óssea conseguimos comparar os ossos do paciente com o de uma pessoa jovem e saudável e fornecemos um cálculo que indica quão distante o paciente está da massa óssea da média ideal. Com isso, conseguimos prever qualquer problema futuro e evitar uma fratura séria”, exemplifica Dr. Gleidson Viana.

 De acordo com o médico, o exame de densitometria realizado para a detecção da osteoporose é feito com um Raio X com feixe concentrado, tendo uma exposição até dez vezes menor que aquela gerada por uma radiografia normal de tórax por exemplo. “O aparelho faz uma varredura rápida, de aproximadamente 10 a 15 minutos, com o paciente deitado confortavelmente. É um exame rápido e indolor que leva a um diagnóstico que pode melhorar a qualidade de vida do paciente”, conclui.

 Pacientes que realizaram exames com contraste devem aguardar dois dias para fazer a Densitometria Óssea. No dia do exame o ideal é que o paciente evite usar peças de roupas com metal ou joias, pois estes podem interferir no resultado.



Blog de Deusa / Fonte: Da redação do Jornal de Brasília


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