terça-feira, 10 de março de 2015

Dicas de Deusa de Hoje é Saúde da Mulher -QUANDO FAZER A MAMOGRAFIA?




Um estudo divulgado recentemente pelo órgão que assessora o governo dos Estados Unidos em assuntos de saúde preventiva abriu uma polêmica sobre a idade mais adequada para fazer mamografia. Afinal, o ideal é submeter-se ao exame a partir dos 50 anos, como defende a Força Tarefa dos EUA para Serviços Preventivos — e também o Ministério da Saúde brasileiro —, ou a partir dos 40, como recomendam vários médicos e a Sociedade Brasileira de Mastologia? A controvérsia se estende à frequência com que a prática deve ser realizada: a cada dois anos, segundo a entidade norte-americana, ou anualmente, de acordo com a SBM?

O primeiro grupo argumenta que antes dos 50 as mamas são mais densas, o que torna os exames menos precisos. Na prática, isso significa que podem aparecer, nesses check-ups, grânulos de tamanhos diferentes, que são comuns em mulheres até essa idade. Dependendo da consistência e do tamanho, eles geram, às vezes, diagnósticos errados. É o que os médicos chamam de “falso positivo”. Nesses casos, apenas as biópsias, que são intervenções cirúrgicas, revelam o resultado com precisão — e, como toda cirurgia, ocasionam custos ao sistema de saúde e desgaste emocional ao paciente.

A Sociedade Brasileira de Mastologia, no entanto, sustenta que as brasileiras não fazem exames rotineiros como deveriam e, portanto, existe uma alta incidência de tumores em estágio avançado no país. “O diagnóstico frequentemente é tardio”, afirma o médico José Roberto Filassi, membro da SBM e chefe do Departamento de Mastologia da USP e do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Por isso, assim como a entidade brasileira, o especialista indica mamografias anuais a partir dos 40 anos, para identificar eventuais tumores de rápido crescimento.

Há ainda alguns médicos que defendem ultrassonografias mamárias ou ressonância magnética a cada ano, principalmente para quem tem familiares que já detectaram câncer de mama. A vantagem desses exames é que apresentam baixos índices de radiação. Somente se o exame for impreciso no diagnóstico o paciente é encaminhado para a mamografia.

Mas, afinal, com tanta polêmica, o que exatamente uma mulher deve fazer? Pode seguir a sugestão da própria vice-presidente da Força Tarefa dos EUA para Serviços Preventivos, Diana Petitti. “Fale com o seu médico e tome uma decisão baseada no seu histórico familiar e nas suas condições gerais de saúde”.

A empresária Telma Saldanha, de 40 anos, é um exemplo de como a prevenção pode ser benéfica. Seguiu o conselho do seu especialista e fez os exames. Em 2004, ou seja, aos 35 anos, soube que tinha câncer na mama direita, após uma ultrassonografia. Quatro anos depois, novos exames apontaram o mesmo problema, mas no lado esquerdo. “Se não fossem os diagnósticos precoces, eu poderia não estar mais aqui para contar esta história”, afirma.




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