Meninas de nove a 11 anos e mulheres com HIV poderão ser imunizadas pelo SUS contra a principal causa do câncer de colo de útero
Menina de uma do Centro de Ensino Fundamental 25, em Ceilândia (DF), tomas a vacina contra o HPV, na primeira fase da campanha de vacinação (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (9) a nova fase da campanha de vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). Nesta etapa, meninas de nove a 11 anos de escolas públicas e privadas poderão ser imunizadas pelo SUS contra a principal causa de câncer de colo de útero. A vacina já está disponível desde o início de março nas 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo país, mirando alcançar 4,94 milhões de meninas em 2015.
A campanha também disponibilizará vacinas para mulheres que vivem com HIV. A medida pretende imunizar o público de 33,5 mil mulheres de 9 a 26 anos que tem probabilidade cinco vezes maior de desenvolver câncer no colo do útero do que a população em geral em decorrência do HPV.
Desde março do ano passado, quando vacinou meninas de 11 a 13 anos, o SUS oferece a vacina quadrivalente, que protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18). Sendo que os subtipos 16 e 18 são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero em todo mundo, e os subtipos 6 e 11 por 90% das verrugas nos genitais e ânus.
Por que vacinar meninas tão novas?
A vacina tem eficácia para mulheres que não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram contato com o vírus. Com a imunização das meninas mais velhas, a partir de 2016, somente meninas de nove anos serão alvo da campanha.
Com tais medidas, o governo pretende que essa seja a primeira geração praticamente livre do risco de desenvolver câncer do colo do útero. “Com a introdução da vacina, podemos reduzir drasticamente os casos de câncer do colo do útero e a taxa de mortalidade. Com isso, poderemos ter a primeira geração de mulheres livre da doença”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, no lançamento.
Como receber a vacina?
Para receber a vacina, basta apresentar o cartão de vacinação e o documento de identificação em qualquer posto de saúde. Cada adolescente deverá tomar três doses para completar a proteção: com uma segunda dose após seis meses da primeira e a terceira depois de cinco anos. Já mulheres com HIV têm um intervalo menos entre as doses: de dois e seis meses. Além disso, para se vacinar é preciso apresentar a prescrição médica.
Parceria com escolas
Após fazer parcerias com as escolas públicas e privadas para a primeira fase de vacinação em 2014, 4,95 milhões de meninas de 11 a 13 anos receberam a primeira dose da vacina. Já a segunda dose, que teve a administração apenas nos postos de saúde, alcançou somente 2,9 milhões de meninas, atingindo 58,7% do público-alvo. Sem a segunda dose, a imunidade contra o vírus não é adquirida. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos estados e municípios que façam acordos com as instituições de ensino.
O Ministério da Saúde aconselha que as meninas de 11 a 13 anos que só tomaram a primeira dose no ano passado aproveitem a oportunidade para tomar a segunda. Para isso, basta procurar um posto de saúde ou falar com a coordenação da escola para dar prosseguimento ao esquema vacinal.
Blog de Deusa / Época
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