sexta-feira, 22 de maio de 2015

Como lidar com a pressão no ambiente de trabalho

pressão pense empregos
A competição por uma boa posição no mercado contribui para que os funcionários atinjam níveis elevados de estresse.
Atingir as metas e cumprir os prazos do trabalho às vezes significam um esforço extra para o profissional. A competição por uma boa posição no mercado de trabalho, com equipes cada vez mais reduzidas para entregar os mesmos resultados, contribui para que os funcionários trabalhem sob pressão, chegando a níveis elevados de estresse. Aqueles que conseguem lidar com as adversidades de situações como essas têm um importante diferencial na personalidade. Afinal, o cenário ideal é aquele em que o profissional se destaca ao mostrar eficiência para chegar aos resultados, mesmo que suportando possíveis fatores externos.
Segundo as psicólogas Maitê Ferreira Bernardes e Carolina Rodrigues Azevedo, analistas de recrutamento e seleção da RH Brasil, a competitividade pode gerar pressão no ambiente ocupacional na medida em que o funcionário se sente na obrigação de demonstrar constantemente  seu potencial, seja visando uma posição superior na organização ou mesmo de manter-se na empresa em momentos de crise. Além disso, muitos dos cargos atuais exigem o cumprimento de metas e prazos como forma de avaliação de desempenho, o que pode acarretar maior desgaste físico e psicológico do profissional.
Essa pressão pode partir tanto do empregador, através de cobranças abusivas e metas acima do combinado, quanto do profissional que exige demais de si mesmo. “Geralmente esta exigência não fica apenas no plano profissional, estendendo-se a outros âmbitos de sua vida”, comenta Carolina. É importante estar atento que, anterior ao momento em que um funcionário é admitido na empresa, é acordado entre as partes (empresa x contratado) aquilo que é esperado do profissional e o que ele pode oferecer para o crescimento da organização. “Na medida em que a parte contratante cobra do profissional aquilo que a priori ele não é capaz de alcançar, trata-se de uma pressão abusiva. No entanto, é esperado que as empresas exijam rendimento de seus colaboradores de forma a atingir suas metas”, completa Maitê.

As psicólogas indicam que a pressão geralmente é percebida através de sintomas como ansiedade, irritabilidade, alterações do apetite, má qualidade do sono, queda de cabelo, baixa imunidade, dentre outros. Estes sinais variam de acordo com características próprias da pessoa.

Se a intenção é evitar sofrer tais alterações, é importante saber organizar suas prioridades, de forma a corresponder à demanda de trabalho. Para Maitê, “o profissional deve estar em constante avaliação sobre seu bem estar profissional, isto é, verificar se seus valores são coerentes com os da sua empresa”.

Pressão gera estresse?
Ana Maria Rossi, psicóloga e diretora da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, explica que as pessoas passam cada vez mais tempo no trabalho e que é necessário ajustar os níveis de estresse. “O verdadeiro problema é o estresse em excesso. Pesquisas mostram que 69% dos profissionais têm no estresse ocupacional a maior fonte. Precisamos encontrar o chamado nível ótimo de estresse, que é aquele compatível com a nossa eficiência”, diz a doutora em Psicologia Clínica e Comunicação Verbal.

O estresse, no entanto, não pode ser confundido com doença. Ele é apenas o gatilho para que outras enfermidades apareçam. “Uma pessoa com tensão muscular muito elevada pode ter dores de cabeça constantes. Pessoas com asma e diabetes, no pico do estresse, podem sofrer com crises. Lupus e herpes, exemplos de doenças autoimunes, também podem ser desencadeadas”, esclarece Ana Maria.

Trabalhar sob pressão, no entanto, não significa estar estressado. Em alguns casos, uma rotina sem desafios e metas, ou seja, com produtividade reduzida, deixa o profissional desmotivado. A insatisfação no trabalho, portanto, também pode ser um ponto de partida para o estresse.

Dicas para suportar as adversidades
Para lidar com situações de pressão e estresse, a pessoa deve estar sempre atenta aos seus limites. Profissionais ambiciosos, que procuram uma promoção, geralmente vão além para atingir seus objetivos. “Estabelecer um limite é essencial para não arrebentar a corda e adoecer”, comenta Ana Maria.

As analistas do RH Brasil lembram que é essencial que as pessoas tenham suas “válvulas de escape” para que, através disso, sejam abstraídas as tensões provindas do exercício profissional. “Estas atividades de lazer devem ser de fácil execução, ou seja, que possam ser realizadas independentemente da companhia de outras pessoas e que não demandem grandes despesas”, explica Carolina. São sugeridas atividades como leituras, ouvir música, praticar atividades físicas, passear com animais de estimação, brincar com os filhos, conversar com os amigos. O importante é quebrar a rotina da semana. 

Além disso, ter um estilo de vida saudável, com sono repousante, aumenta a resistência para as batalhas diárias no ambiente de trabalho. “O profissional pode incluir técnicas de relaxamento no dia a dia, como respiração profunda, para recarregar as baterias”, completa Ana Maria.


Lembre-se: uma pessoa estressada adoece com mais freqüência, se torna mais agressiva, menos paciente, mais irritada e apresenta diversas diferenças na comparação com aqueles que sabem lidar de maneira eficiente com seus problemas. Ou seja, reduzem a produtividade e atrapalham o bom andamento da empresa, tornando-se pouco atrativos para melhores oportunidades e, talvez, chamando a atenção para uma possível demissão




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